sábado, 25 de abril de 2009

Amigos para sempre.

Amigo é um bicho estranho. Os meus pelo menos são. Eles te fazem rir quando você está chorando e chorar quando vcoê está sorrindo. Eles entram na sua casa, usam o seu computador, mechem nas suas coisas, pegam seu danone na geladeira, e trocam o canal da sua tevê. Eles te zoam, falam na maior boca um segredo, zombam dos seus pontos fracos, e te dão sustos nas madrugadas. Eles gastam seu dinheiro, seu tempo e sua paciência. Eles discutem com você, mandam você calar a boca quando acham que estão certo e você errado, e diz que você vai fazer o que eles querem sim.
Sabe a pior parte? Você adora, idolatra tudo que eles fazem. E daí que eles usam seu computador e trocam o canal da sua tevê? O que vale é a companhia que ele ta te fazendo. E qual o problema de eles comerem toda a comida da sua geladeira? Depois é só repôr (e isso te dá o direito de fazer o mesmo na casa deles). Eles debocham de você porque é o que a vida vai fazer o tempo todo e é muito melhor aprender pelo amor que pela dor a não ser tão mimado e teimoso. Deixa eles mandarem você fazer o que eles quiserem, façamos tudo que eles exigem, no final das contas, a gente vai ta sentado rindo de tudo e comendo toda a comida da geladeira dele.
Amigo é um bicho estranho mesmo. Se o seu irmão fizesse a metade do que ele faz, com certeza, você teria rachado a parede da sala com a cabeça dele!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Colo confessionário

Se me pedissem pra definir como uma amizade perfeita surge, com certeza não
seria do jeito que a minha amizade com ele nasceu.
Poucas pessoas acreditam que exista amizade pura depois de um beijo.
E viemos provar o contrário. Aliás, pensando agora, nem parece
que um dia isso aconteceu. Mas de que isso importa agora? Não é disso que eu quero falar.
Sabe quando você sai desembestado a falar, ou melhor, a desemtupir a própria alma com palavras
sem nenhum medo, sem nenhuma trava, nenhum bloqueio, e nem se dá conta de que tem alguém te escutando.
Aí você já falou, mas e daí? E como se você estivesse falando consigo mesma, mesmo. Não porque
a pessoa seja insignificante, mas porque você se encontra tanto no outro que até se esquece que há dois corpos que separam pensamentos e sentimentos idênticos.
Ou então quando você sente medo até de pensar em alguma coisa, quem dirá, extravazar através de palavras do seu coração e percebe que o outro ta rindo, do que você ainda nem falou.
Porque não se precisa de palavras quando se ouve os sentimentos.
É tão bom encontrar consigo mesmo fora de si, encontrar seus pensamentos insanos e seus atos
infantis em alguém que não seja você e que além de tudo não vai te julgar ou condenar.
É tão bom saber que o Feu existe...

domingo, 12 de abril de 2009

Minhas Gêmas.

Lembro-me bem daquele dia. 2006, segundo ano, a semana do fim de amizades de uma vida. Vi dois seres iguais sentados no canto direito da sala quando entrei. Logo de cara, quis entrar no mundo delas. A primeira me recebeu com uma patada na aula de geografia, a segunda, com um segredo. E no desenrolar dessa história, com um começo triste e um fim feliz, muitos tropoeços, dúvidas e lágrimas foram estacandas, assim como os sossiros, as piadas, os abraços e a cumplicidade. Fisicamente eram idênticas, do lado de dentro das mesmas, eram de um diferença que me completava. Quando eu brigava com uma, corria pro colo da outra. Quando a outra me irritava, me consolava com a uma. O que eu tinha certeza que uma não entenderia, sabia que podia falar com a outra, e quando o assunto era tenso demais pra ser entendido, sabia que a uma ia levar numa naturalidade confortante.
Hoje elas moram do outro lado do oceano. Não ouço mais a risada delas quando riam de mim, nem a voz delas cantando na aula, nem posso mais molhar a blusa delas com lágrimas ou mostrar o texto que acabei de inventar. Isso me dói, um sofriemento opcional sem fim.
Me dói, mas não me derruba. Porque, além das lembranaças, eu tenho a certeza. A certeza dew um futuro bom onde iremos caminhar de mãos dadas por um parque contando casos e besteiras, um presente bom de espera, de saudades, de ansiedade, de conversas mal formuladas e histórias mal contadas por meios de comunicação escassos, mas o amor, o meu amor, o nosso amor, é indestrutível.
Se hoje eu sou completa, pode ter certeza, é porque eu tenho duas almas que reencontrei, que fazem parte de mim, que me fazem uma só. Me fizeram entender que eu posso ser tudo e tudo que eu quiser. Autista e sorridente, escandalosa e quieta, misteriosa e simpática, calada e falante, poeta e leitora, mente aberta e certinha, estudiosa e desleixada...raissa e raianne.


As palavras não funcionam, mas espero que vocês possam sentir.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sobre o Amor.

Ontem, numa dessas noites de fofocas, filme e comilanças que compartilhamos com nossas amigas, aconteceu um diálogo um tanto quanto intrigante:
(pesoa 1): - Eu achava que você e seu namorado eram perfeito.
(pessoa 2): - Achava?
(pessoa 1): - É, agora eu vi que vocês têm problema como todo mundo!
(pessoa 3): - Ah, mas eu não vejo ela sem ele.
Então voltamos ao assunto inicial que não tinha nada a ver comigo.
A resposta pra essa conversa foi dada, acredito eu, no filme que vimos a seguir ("Romance" que recomendo ao cubo!), mas isso não tirou a pulga de trás da minha orelha.
Entao pra um relacionamento ser perfeito, não pode ter brigas, problemas e diferenças?
Acredito eu, que a relação perfeita acontece quando as diferenças não deixam de existir, mas passam a ser conciliadas (conciliadas, não ofuscadas), quando aparece uma pedre gigante no caminho e você sente que seu amor é muito maior que qualquer obstáculo, quando você percebe, no meio de uma briga, o quanto você ama aquela pessoa mesmo com a quantidade de erros que ela tem. E essa é a perfeição mais imperfeita da vida: o amor.
Afinal, pra ter uma relação perfeita, sem nenhum defeito mesmo, teríamos de ser seres perfeitos e, feliz ou infelizmente, não somos. Brigas acontecem por convivência, e não há ninguém que conhece melhor os nossos defeitos, erros e pontos fracos, que o amor da nossa vida. E é quando tudo isso passa a ser insignificante, que o sentimento sublime vem, nos colocamos no lugar do outro e passamos a ser felizes, obrigada Deus, por eu ter encontrado o amor mais imperfeito pro meu coração.





ps(namorado, eu te amo, mesmo com todos os nossos erros, defeitos, brigas e diferenças).

terça-feira, 7 de abril de 2009

Essa nação fantástica

Ontem foi ao ar a nova propaganda da havaianas que é mais ou menos assim: um grupo tocando pagode num barzinho, entra uma mulher e começa a berrar que estamos no meio de uma crise mundial, aí um cara fala que isso é uma tristeza e da seguinte palavra eles lembram de uma música e começam a cantá-la.
Isso me provocou um riso, uma gargalhada incontrolável. Porque brasileiro é exatamente assim: ri dos problemas, canta quando devia chorar, chora quando deveria gritar e grita quando deveria silenciar. Não sei se ter nascido aqui me fez assim ou se sou assim porque nasci aqui, sei que é com essa manha, com esse brilho de quem não desiste nunca, desse sangue de Brasil que eu quero encarar tudo sempre. Com um sorriso no rosto, os olhos adiantes.
A crise tá aí, tem gente milionária ontem morrendo de fome hoje, tem presidente de empresa perdendo emprego e jovem que depois de anos de estudo não vai conseguí-lo tão cedo. Mas e daí? Daí que não adianta chorar, espernear, tão pouco fingir que nada ta acontecendo. Por enquanto a gente não vai mudar nada, ta nas mãos dos líderes do nosso país. E fomos nós que o colocamos lá! Agora é confiar no taco dele e partir pum barzinho fazer um samba e ser feliz com o que nos resta.
Entre ser feliz ou triste, eu prefiro ser brasileira! ;D

sábado, 4 de abril de 2009

Falta de inspiração

É impressionante. Tudo que eu queria e por preguiça não tinha era um lugar pra transbordar meus pensamentos e sentimentos. E agora que o tenho, não tenho as palavras. Acho injusto as palavras terem vontade própria. Só saem quando querem. Quantas vezes com um nó na garganta tive tanta coisa pra dizer e elas se recusaram a passar pra minha voz e invadir o mundo. E quantas ainda mais eu tinha porque tinha que ficar calada e elas, as palavras, saíram de mim sem que eu nem percebesse, quando dei por mim, já estavam soltas, já tinham estragado tudo.
Dizem que isso não existe, que antes das palavras serem ditas, passam pelo cérebro e só depois pela boca. Será que quem inventou essa teoria nunca ouviu falarm em impulso?
Ora pipocas, me devolvam as palavras! Eu quero desemtupir a minha alma...





Ps. mais que impressindível(eu te amo pepa, obrigada pela força e paciência de me ajudar a fazer isso aqui!)