quarta-feira, 24 de junho de 2009

Quase adeus!

É, ta chegando a hora. Daqui a pouco eu vou retirar os sorriso pregados no mural de fotos, encaixotar meus livros, dobrar as roupas e apertá-las dentro de uma mala tão cheia de sonhos que quase não reserva lugar pras vestimentas físicas. Daqui a pouco eu vou dizer adeus, fechar a porta de casa e correr pro mundo lá fora, pra esse mundão que me espera desde que eu me entendo por gente e quero ser grande pra entrar na Universidade. Tenho a estranha sensação de ganho e de perda. A estranha visão da enorme montanha que escalei pra chegar até aqui e, agora que achei que estivesse no topo, vejo uma montanha muito mais alta que provavelmente tem uma vista muito melhor lá de cima, quando eu chegar no topo...Ah! Quando eu chegar lá sei que serei uma nova pessoa, sinto que tanta coisa vai mudar aqui dentro... Mas eu estou pronta, a casa hora que passa me sinto mais preparada pra alçar esse vôo, pra fechar os olhos e me jogar nessa vontade, e, mesmo sem ter asas, ter a certeza de que sairei voando.
Claro que a saudade vai apertar. Eu costumava pensar que não, que ia ser tudo tão novo, tão como eu sempre quis que nem ia ter tempo pra esse sentimento brasileiro. Mas vi que não. Vai doer não levar uns certos algués pro cursinho, buscar na escola, bater perna em plena quarta à tarde, jogar conversa fora nas segundas, passar os dias na internet e ter aquele horário de quinta feira reservado pra filmes e passeios no contry. Ai! Chega a dar pontada no peito, mas entendam, é necessário. Quando eu fechar a porta da casa, eu não vou só conhecer todos os lugares que eu quiser, sentir todos os gostos e cheiros que eu imaginar, absorver todo conhecimento como uma esponja, eu vou me encontrar, vou me conhecer, vou atrás das minhas certezas, vou atrás de mim. Essas que vos fala sou eu, entendam, mas não sou eu em forma completa. Sou o que vocês, nossas experiências e vivências me transformaram, mas a partir de daqui a pouco eu vou ser o que eu sempre quis ser e mal posso esperar pra estar na platéia onde eu mesma assumo o espetáculo como personagem principal.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Falei!

Olha, calma. Espera, eu vou falar. To falando já. Deixa de ser chata, ta aki na pontinha da língua, mais dois segundos e eu crio coragem. É...bem...eu não sei como te falar issom sabe? É difícil pra mim deixar que as pessoas vejam quem eu realmente sou. Ain... Lá vai: eu tenho ciúmes de você, morro. Mas eu juro que não queria sentir isso. Eu sei que tenho muitos amigos e falo com outras pessoas, mas quando eu vejo você dando atenção pra alguém que não seja eu, eu fico com medo de você acabar gostanhdo mais da outra pessoa do que de mim, com medo de ela ser mais importante que eu e ter um espaço maior na sua vida e em você que o meu.
Pronto falei!
Ah! Me desculpa, eu não queria sentir nada disso sei que é infantilidade minha. Mas fazer o que se eu ainda não aprendi a dividir? Será que você pode me ensinar? Será que você pode me ajudar?
Quando temos ciúmes achamos que amamos demais. Lezo engano! Amamos de menos, o amor é jovem, inseguro, precisa de adubo. E pra isso, uma hora ou outra você precisava saber o que eu sinto, pra gente adubar nosso amor.
Até porque eu não aguentava mais sumir e te ignorar toda vez que sinto isso.
Agora você já sabe o motivo e a verdade que nunca quis que ninguém soubesse: esse meu medo de perder sempre.
Perdão por não ter contado antes, é que fiquei com medo de você nãos gostar mais de mim.
Se isso acontecer, eu juro, eu vou entender. Mas me avisa com antecedência pra eu tentar me acostumar sem você, porque eu já tentei, mas até agora não deu...